JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA ALCANÇAR A PAZ EM PELOTAS
Voluntários participaram de círculo restaurativo para ouvirem e falarem sobre compromissos com a paz. |
A tarde de 23 de julho reservou um momento de reflexão e tomada de decisão pela paz em Pelotas.
Reunidas
no Colégio Municipal Pelotense, cerca de 30 pessoas, das mais
diversas faixas etárias e profissões, conversaram sobre a crescente
violência nas comunidades e de como cada um pode contribuir para que
a paz seja realidade a mais pessoas.
“Eu
estou aqui não apenas por mim, mas por meus filhos. Quero dar a eles
a possibilidade de ter a mesma infância tranquila e saudável que
tive”, dizia uma mãe, “e eu quero dar sentido a todo o meu
conhecimento que acumulei nesses anos todos no serviço público”,
confessava um aposentado, ambos participantes do programa Voluntários
da Paz.
O
círculo teve seu ápice quando foi apresentada a experiência de
Caxias do Sul, pela voluntária Katiane Boschetti da Silveira,
coordenadora do projeto naquela cidade, que vem formando pessoas para
trabalharem com situações não conflitivas em que é necessário um
espaço de diálogo e de empatia. Desde a sua criação em 2016,
quase mil pessoas foram capacitadas para a pacificação de
conflitos, através de parceria da Prefeitura de Caxias do Sul,
Universidade de Caxias do Sul (UCS), Fundação Caxias e o Poder
Judiciário. Uma delas, Karla Eckert Reckziegel, que empolgou a todos
os presentes com sua fala sobre o voluntariado que exerce em Caxias.
“Também
aqui não queremos que o programa tenha as instituições como
protagonistas. O que se pretende é que a sociedade se empodere das
técnicas da autocomposição – como os círculos da Justiça
Restaurativa – para que em toda a parte de Pelotas haja a
possibilidade de um diálogo produtivo e não violento. As
instituições devem funcionar como um impulso, mas os Voluntários
serão os protagonistas de uma Pelotas pacificada”, afirmou o
magistrado e professor Marcelo Malizia Cabral, que fez questão de
frisar “aqui, não estou nem como juiz e nem como professor, estou
aqui como voluntário da paz”.
“Eu
cheguei aqui a convite de outra pessoa, que não me explicou muito
bem o que era o programa. Vim mais na curiosidade. Mas, ouvindo
tantos relatos de pessoas que já trabalham pela pacificação,
percebi que eu também sempre fui uma agente da paz. Vou convidar
mais amigas!”, comprometeu-se, entusiasmada, uma nova voluntária.
Nos
próximos dias serão definidos os critérios para a formação da
primeira turma voltada à aplicação das técnicas de facilitação
de diálogos em situações não conflitivas.
Outras
informações podem ser obtidas no blog
voluntariosdapaz.blogspot.com
ou pelo e-mail voluntariosdapazpelotas@gmail.com
Confira aqui alguns registros do evento:
Confira aqui alguns registros do evento:
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